O empreendedorismo negro no Brasil está vivendo um momento de expansão animador, com o número de empresários negros saltando de 13,1 milhões em 2014 para 16 milhões em 2024, segundo dados do Sebrae. Esse avanço representa uma oportunidade incrível para jovens que buscam independência e impacto social, mesmo diante de desafios como desigualdades de renda e acesso a oportunidades. Enquanto empreendedores brancos ganham em média R$ 4.607, os negros recebem R$ 2.477, e as mulheres negras, R$ 1.986, destacando a necessidade de mais equidade. No entanto, histórias de superação mostram que a persistência e a qualificação estão abrindo caminhos: mulheres negras empreendedoras, por exemplo, têm níveis de escolaridade semelhantes aos de homens brancos (cerca de 65%), provando que o talento e a dedicação podem transformar realidades e inspirar uma nova geração a inovar.
Exemplos como o da maquiadora Maria Rosângela de Sousa ilustram essa força: após enfrentar burnout no mercado formal, ela apostou na maquiagem profissional há quatro anos e hoje colhe frutos com dedicação e paciência, superando a instabilidade financeira inicial. Já Sandra Campos, fundadora da CollaboRHe Consultoria, foca em gestão humanizada e inclusão, ajudando outras mulheres negras a acessarem oportunidades e autonomia. O advogado Héctor Vieira, criador da Sankofa Negócios Negros, enfatiza a importância de redes de apoio entre negros para fortalecer o afroempreendedorismo, combatendo o racismo psicológico e promovendo mentorias e parcerias. Carlos Sousa, mentor em posicionamento estratégico, observa uma evolução do movimento, que agora prioriza inovação e autoridade, com avanços na valorização de negócios negros pelo público.
No Distrito Federal, onde 60,8% dos ocupados são negros, iniciativas como a Sankofa incentivam prosperidade e resistência. Para celebrar isso, o Correio Braziliense promove o debate “Histórias de Consciência: mulheres em movimento” em 19 de novembro de 2025, destacando o protagonismo feminino negro e convidando jovens a refletir sobre trajetórias de resistência e contribuição cultural, com transmissão ao vivo no YouTube.