Em um depoimento recente, o ex-presidente Jair Bolsonaro explicou um episódio inusitado envolvendo sua tornozeleira eletrônica, destacando como ele lidou com a situação de forma responsável. Segundo Bolsonaro, os medicamentos Pregabalina e Sertralina, que vinha tomando, interagiram de maneira inadequada, resultando em noites de sono interrompido e agitado. Por volta da meia-noite, ele decidiu usar um ferro de soldar – equipamento que domina graças a um curso na área – para tentar abrir a tampa do dispositivo, motivado por uma alucinação de que haveria uma escuta escondida ali. No entanto, ele rapidamente recuperou o controle, interrompeu a ação e comunicou os agentes responsáveis pela custódia, demonstrando transparência e compromisso com as regras.
Bolsonaro enfatizou que não houve intenção de remover a tornozeleira para fugir, garantindo que a cinta não foi rompida e mencionando uma quebra anterior ocorrida apenas durante uma tomografia. Ele estava em casa acompanhado da filha, do irmão mais velho e de um assessor, mas todos dormiam e não presenciaram o momento. O ex-presidente revelou que não se recorda de surtos semelhantes no passado e que começou a tomar um dos remédios apenas quatro dias antes do ocorrido, o que pode ter contribuído para o episódio isolado.
Sobre a vigília organizada pelo filho Flávio Bolsonaro, o ex-presidente observou que o local fica a cerca de 700 metros de sua residência, o que não criaria tumulto suficiente para facilitar qualquer plano de evasão. Essa declaração reforça a narrativa de um incidente passageiro, resolvido sem maiores complicações, e abre espaço para discussões sobre saúde mental e o impacto de medicamentos, temas relevantes para quem busca equilíbrio no dia a dia agitado.