As cotações da mandioca registraram uma queda de 4,4% na última semana, conforme dados divulgados pelo Cepea em 8 de dezembro de 2025. Essa desvalorização, impulsionada pelo descompasso entre oferta e demanda, representa a mais intensa para o período desde julho. O Centro de Pesquisas destaca que o aumento no ritmo da colheita contribuiu para esse cenário, com produtores respondendo a condições climáticas mais favoráveis e à necessidade de capitalização imediata. Esse movimento reflete não apenas dinâmicas de mercado, mas também pressões econômicas sobre o setor agrícola, que pode influenciar políticas públicas relacionadas à produção rural e à estabilidade de preços de commodities essenciais no país.
Além disso, as expectativas baixistas para o início de 2026 agravam o quadro, sugerindo que os produtores estão acelerando a colheita para mitigar perdas futuras. O Cepea aponta que esse desequilíbrio entre oferta abundante e demanda contida pode gerar impactos em cadeia, afetando desde a renda dos agricultores até o abastecimento de indústrias que dependem da mandioca como matéria-prima. Em um contexto de políticas agrícolas em debate no Brasil, esses indicadores econômicos servem como alerta para a necessidade de medidas que equilibrem o mercado, promovendo sustentabilidade e evitando volatilidades que prejudicam a economia rural.
Embora o foco imediato esteja na resposta dos produtores ao clima e às projeções de curto prazo, o cenário reforça a importância de monitoramento contínuo por parte de instituições como o Cepea, que fornecem dados cruciais para orientar decisões em níveis governamentais e empresariais.