À beira do Lago Paranoá, em Brasília, uma comunidade de nômades vive em motorhomes, criando laços temporários que se estendem pela vida. O casal Alairton Baccili, de 60 anos, e Simone Serradourada, 58, exemplifica essa escolha positiva: após superar desafios de saúde, como a síndrome de Fournier, Baccili optou por uma existência itinerante, viajando pelo Brasil há mais de 40 anos. Juntos há três anos, eles moram em um ônibus adaptado, com cama, cozinha e banheiro, sustentando-se como fotógrafo e artista plástica, além de rendas de imóveis e trabalhos em eventos de motociclistas. “Escolhemos ser livres, mas com responsabilidades”, diz Baccili, destacando o minimalismo que torna o pouco em muito, com um quintal novo a cada amanhecer. Essa vida desapegada atrai jovens em busca de inspiração, mostrando que é possível equilibrar aventura e estabilidade.
Outro exemplo inspirador é o casal Cesar Galiffi, 61, e Maria Auxiliadora de Andrade, 63, que construíram seu próprio motorhome a partir de uma van, equipado com placas solares e reservatório de água para 15 dias. Desde 2016, eles exploram o Brasil e países como Paraguai, Argentina, Chile e Peru, valorizando as conexões humanas acima das atrações turísticas. “O melhor da viagem é conhecer as pessoas”, afirma Maria, que, aposentada, realizou o sonho de juventude de Galiffi. Apesar de desafios como um arrombamento na Argentina, eles enfatizam a receptividade no Brasil, onde comunidades de nômades oferecem apoio mútuo, com regras de convivência e segurança garantida pela Polícia Militar do DF.
Recém-aposentados, Iraci Nascimento, 62, e Marcelo do Nascimento, 65, transformaram uma brincadeira em realidade ao viajar em uma kombi branca pelo país há mais de um ano. Deixando Pirambu (SE), eles formam amizades duradouras em flotilhas de motorhomes, focando em viver mais e se divertir. Para quem sonha com essa vida, o Detran-DF lembra a importância do Certificado de Segurança Veicular para adaptações seguras. Essa tendência, com 626 motorhomes no DF, prova que a jornada nômade pode ser uma forma empolgante de redescobrir o mundo, cheia de positividade e novas perspectivas.




