Política

Ministra propõe cassação de governador do Rio e novas eleições em busca de transparência

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Em um movimento que pode impulsionar a confiança no processo eleitoral, a ministra Maria Isabel Galotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (4) pela cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, devido a acusações de abuso de poder político e econômico durante sua campanha de reeleição em 2022. Galotti, relatora do caso, destacou a necessidade de eleições mais limpas e propôs a inelegibilidade de Castro por oito anos, além da realização de novas votações para o governo do estado. Esse voto também condenou o ex-vice-governador Thiago Pampolha, Gabriel Rodrigues Lopes, ex-presidente da Ceperj, e o deputado estadual Rodrigo da Silva Bacellar, ex-secretário de governo. A decisão busca reverter a absolvição anterior do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que em maio do ano passado inocentou os acusados em meio a alegações de contratações irregulares na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Para jovens que acompanham o dia a dia das cidades, isso representa uma oportunidade de ver a justiça atuando para garantir que o poder público sirva à população de forma ética e transparente.

A relatora apontou que as contratações ocorreram à margem das normas constitucionais, sem fiscalização adequada e fora da folha de pagamento oficial, com pagamentos feitos diretamente na boca do caixa dos bancos. Depoimentos de testemunhas revelaram coações para participação na campanha de Castro, incluindo postagens favoráveis nas redes sociais em troca de manutenção de empregos, o que Galotti descreveu como um esquema centralizado pelo governador para obter vantagens eleitorais. O vice-procurador eleitoral Alexandre Espinosa reforçou a defesa pela cassação, citando a contratação de 27.665 pessoas com gastos de R$ 248 milhões em projetos sociais descentralizados, muitos dos quais teriam aliciado eleitores e até trabalhado na campanha. Apesar da defesa de Castro, representada pelo advogado Fernando Neves, que argumentou que o governador apenas sancionou leis sem responsabilidade por irregularidades, o julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Antônio Carlos Ferreira. Sem data para retomada, esse caso inspira otimismo entre os jovens, mostrando como o sistema eleitoral pode evoluir para combater abusos e promover uma governança mais inclusiva e justa no Rio de Janeiro.

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