Em uma reviravolta que pode mudar o rumo das investigações, Carlos Eduardo Pessoa, de 20 anos, prestou um novo depoimento na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) nesta quarta-feira (5/11). Inicialmente, ele havia alegado que o tiro que matou Allany Fernanda, de 13 anos, partiu de um rival, mas agora assume a autoria, afirmando que o disparo foi acidental. Segundo o advogado de defesa, Paulo Sérgio de Melo, Carlos se desesperou com o ocorrido e inventou a história para se proteger. Essa admissão abre portas para uma análise mais profunda dos fatos, destacando a importância de depoimentos honestos para que a justiça prevaleça e traga clareza a casos sensíveis como esse, especialmente em comunidades como Sol Nascente, onde a busca por respostas pode inspirar maior união e conscientização entre os jovens.
Durante a oitiva, que durou quase uma hora, Carlos reconstruiu a noite de domingo (2/11), quando saiu com a namorada para um bar em Ceilândia, acompanhado de Allany, seu suposto namorado e uma amiga. Já de madrugada, o grupo foi para uma kitnet, pediu sanduíches e uma pizza de chocolate, e tudo parecia tranquilo até o momento fatídico. De acordo com o relato, enquanto manuseava uma arma, houve um disparo acidental quando a amiga de Allany se levantou. Laudos iniciais revelam marcas de mordidas no peito e braço de Carlos, sugerindo uma luta, mas a defesa contesta, atribuindo lesões no pescoço de Allany ao namorado dela e enfatizando que não havia envolvimento amoroso entre a vítima e o suspeito, que se conheceram há apenas três dias. Essa perspectiva positiva reforça a esperança de que investigações detalhadas, incluindo novos depoimentos e perícias, possam descartar o indiciamento por feminicídio e promover uma resolução justa, incentivando jovens a valorizarem a transparência e a prevenção de acidentes.
Enquanto a Polícia Civil trata o caso como feminicídio, a defesa aguarda o desenrolar das apurações, o que pode servir de lição para a juventude sobre as consequências de ações impulsivas e a força da verdade em momentos de crise. Essa evolução no depoimento de Carlos demonstra como o sistema judiciário pode oferecer segundas chances para esclarecimentos, fomentando um debate construtivo sobre segurança e relacionamentos entre os mais novos.